Ao menos três pessoas morreram nesta sexta-feira nos confrontos entre policiais e manifestantes no centro da capital egípcia, segundo fontes dos serviços de segurança.
Os mortos são civis que participavam das manifestações ao redor da praça Tahrir, epicentro dos protestos políticos dos últimos dias e que está cercada pela polícia. Mais de mil manifestantes foram detidos nos últimos dias.
Centenas de milhares de manifestantes ocuparam hoje as principais praças e cidades do Egito pedindo a queda do regime Mubarak e enfrentaram uma forte repressão pelas forças policiais e militares que usaram veículos pesados e munição verdadeira contra a população.

As manifestações ocorreram apesar das tentativas do governo de censurar o acesso à internet e todos os sites de relacionamentos sociais como Twitter e Facebook, que exerceram um papel essencial na organização da revolução Egípcia.
Al-Jazeera, agora o principal meio de informação dos manifestantes, dedicou uma frequência alternativa de transmissão caso haja tentativas de interferência sobre o sinal da rede árabe pelo governo egípcio.
Há diversos relatos de fuga das forças policiais em diversas regiões devido ao número massivo de manifestantes que atearam fogo em veículos militares e bloquearam as principais ruas e avenidas em Alexandria, Cairo e Sueis.
Reformas No Poder
O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Assembleia, também membro do Partido Nacional Democrata no poder, pediu nesta sexta-feira ao presidente egípcio Hosni Mubarak que faça "reformas sem precedentes" para evitar uma revolução no Egito.
"Em nenhuma parte do mundo a segurança é capaz de pôr fim à revolução", afirmou Mostapha al Fekki, em declarações à cadeia Al-Jazeera, durante o quarto dia de manifestações no país.
"O presidente é a única pessoa que pode pôr fim a esses acontecimentos", enfatizou, para depois pedir "reformas sem precedentes".
Com agências internacionais