O Knesset (parlamento) israelense ratificou a primeira leitura de um projeto de lei que prevê prisão de um ano aos cidadãos que recusarem reconhecer Israel como um “Estado judeu e democrático”.
Para ser aprovada, a lei precisa passar por outras duas leituras do congresso, fato possível já que a primeira leitura contou com o apoio de 57 deputados pertencentes a partidos da extrema-direita israelense.
O recurso permitirá às autoridades de segurança israelenses perseguir cristãos e muçulmanos em Israel sob acusação de não-reconhecimento de Israel como um “Estado Judaico”.
Para defensores dos direitos humanos, a lei é extremamente grave e fere todos os conceitos de igualdade e liberdade. Legalizando a segregação étnica e religiosa, criando, legalmente, o conceito de cidadão de segunda classe.
Caso aprovada, a lei será o limiar da transformação israelense de estado racista para fascista segundo o parlamentar árabe-israelense Taleb al-Sane que descreve a lei como um claro sinal da “loucura” da direita israelense que começa a dominar o governo de Israel.
Árabes-Israelenses cristãos e muçulmanos devem se organizar nos próximos dias protestando contra a nova lei, mas, segundo Al-Sane, a missão será difícil já que o projeto ecoa a nova política israelense, que exige dos árabes o reconhecimento de Israel como um “Estado Judeu” para re-iniciar as negociações de paz.
Segundo o parlamentar, tal reconhecimento pode ser um precedente que permitirá ao estado sionista expulsar os não-judeus do país por medidas semelhantes a essa lei.
Descriminando a História
Outros dois projetos de lei israelenses em discussão no Knesset têm provocado muita polemica. O primeiro proíbe os palestinos de lembrar a “Nakba” (A Catástrofe) quando da criação do estado de Israel em 1948; o outro obriga todos os árabes-israelenses a jurarem lealdade ao “Estado Judeu” para a manutenção da sua cidadania.
Com al-Jazeera